Nem sempre a palavra crise é justificação para tudo, mas neste caso é.
É do conhecimento geral que o preço dos combustíveis tem aumentado de forma muito considerável. Por sua vez, este facto leva ao aumento da procura por veículos que ofereçam simultaneamente, um preço baixo e consumos de combustíveis baixos. Assim sendo, os veículos que preenchem estes requisitos são as motocicletas e as motorizadas, que, para além de terem preços bem mais acessíveis do que os automóveis, circulam com bastante facilidade no meio do intenso tráfego metropolitano, para não falar no estacionamento.
Com mais algumas vantagens à mistura, começam a ser cada vez mais as pessoas que procuram este meio de transporte. Assim, é correcto afirmar-se que existem cada vez mais bicicletas, motorizadas e motocicletas (motociclos e ciclomotores) nas nossas estradas.
Os condutores deste tipo de veículos vão desde os motociclistas amadores de motores de grande cilindrada a jovens e profissionais que se deslocam em motocicletas no seu dia-a-dia. Os dados são reveladores do crescimento deste mercado a nível europeu, onde cresceu cerca de 34%.
É um facto que este tipo de veículo tem muitas vantagens, mas também é verdade que se fica mais exposto a acidentes, que se torna mais vulnerável, principalmente se comparados com a protecção que os automóveis oferecem em caso de acidente. Pois, os veículos motorizados de duas rodas são menos estáveis, menos visíveis e oferecem menor protecção aos condutores. Sendo que a percentagem de acidentes graves e mortais, envolvendo este tipo de veículos é desproporcionalmente elevada. Sendo que a maioria desses acidentes, normalmente resultam de erros humanos.
A titulo meramente indicativo, em 2008, forma 6800 os motociclistas que perderam a vida. Sendo que, nesse mesmo ano, o número de vítimas mortais por acidentes de viação em veículos motorizados foi de 17%, representando apenas 2% dos utentes da estrada.
É igualmente importante salientar que, Uma em cada três vítimas entre os condutores de veículos motorizados de duas rodas tem menos de 25 anos. No entanto, entre os condutores mais velhos, também se registaram taxas de acidentes superiores às dos condutores de veículos de quatro rodas com a mesma idade.
Tornar os veículos motorizados de duas rodas mais seguros
A UE empenhada em aumentar a segurança dos condutores, dos veículos e das estradas, inclui duas vertentes:
A primeira é sem dúvida a formação: Carta de condução e requisitos de idade mínima para conduzir os ciclomotores – Directiva 2006/126/CE da UE que harmoniza as normas relativas à carta de condução
A segunda em projectos de investigação:
Melhorar a concepção das barreiras de protecção de modo a torná-las mais seguras (SMART RRS), estudar a possibilidade de utilizar sensores para alertar os utentes da estrada da presença de outros utentes (WATCH-OVER) e criar sistemas de assistência e outras aplicações inteligentes para condutores de motociclos (SAFERIDER).