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Mercedes apanhada na fraude das emissões

774.000 Mercedes “apanhados” com engenhos ilegais

Mercedes apanhada na fraude das emissões

Mercedes apanhada na fraude das emissões. 774.000 Mercedes “apanhados” com engenhos ilegais.

A industria Alemã está debaixo de fogo. Primeiro o Grupo VW, agora é a vez da Mercedes. Segundo o conhecido jornal alemão Bild am Sonntag, as autoridades alemãs descobriram que os Mercedes usam cinco sistemas de manipulação das emissões de poluentes nos seus motores diesel.

Perante este facto, o construtor alemão admitiu que vai ter de chamar à oficina, só na Europa, 774.000 veículos.

Cinco sistemas de Manipulação de emissões de gases

Foi através de um relatório que o jornal alemão Bild am Sonntag conseguiu a informação. O Relatório revela que as autoridades alemãs detectaram a utilização, nas motorizações diesel, de cinco sistemas de manipulação das emissões de gases poluentes.

Esta descoberta vem no seguimento das suspeitas da agência de regulação dos transportes da Alemanha, a KBA. Suspeitas que despoletaram numa investigação aos motores norma Euro 6 da Daimler.

Software Ilegal

O relatório refere que, pelo menos, um milhão de Mercedes estejam equipados com software ilegal. No entanto, da reunião que ocorreu entre o CEO da Daimler, Dieter Zetsche, e o ministro alemão dos Transportes, Andreas Scheuer, o número que saiu foi outro, cerca de 774.000 Mercedes. Estes, vão ser chamados às oficinas, a fim de regularizar o funcionamento dos respectivos motores.

Modelos afetados

Os modelos equipados com este Software são, os Mercedes Classe C (220d), GLC (220d) e o furgão Vito (109/111 CDI). Todos estes modelos estão equipados com motores diesel norma Euro 6. A saber, esta norma foi introduzida em 2014.

Modo de funcionamento do sistema

Segundo o Bild am Sonntag, os sistemas de controlo de anti-poluição são desactivados e passado um tempo definido, ou seja, entre 20 a 33 minutos.

Essa desactivação ocorre sem atender às circunstâncias da condução, sendo certo que qualquer prova de homologação faz-se antes desse período. Facto que leva as autoridades alemãs a suspeitarem que há intenção de dolo por parte da Daimler. Ou seja, a intenção de manipular as emissões é verdadeira. .

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Our statement from today’s meeting between #Daimler and the Federal Ministry of Transport: Daimler confirms the recall. Open legal questions will be clarified in the objection proceedings. #Diesel pic.twitter.com/e3JJa1fkcD

— Daimler AG (@Daimler) 11 de junho de 2018

O não à responsabilidade

Contrariamente ao que sucedeu com a VW, que assumiu as responsabilidades e vai pagar por isso, a Mercedes não assume o uso de dispositivos fraudulentos, fugindo assim à responsabilidade. Apesar de não reconhecer a sua responsabilidade, a Mercedes vai chamar às oficinas 774.000 veículos.

Mas, porque é que a Mercedes não assume o uso desses dispositivos fraudulentos?

A Daimler, para fugir à responsabilidade, apoia-se numa zona escura presente na legislação, e que, efectivamente, possibilita que automóvel equipado com motor diesel moderno possa desactivar momentaneamente os seus sistemas de controlo anti-poluição.

Mas só o poderá fazer, nos casos de natureza mecânica e se tal for recomendado, em função da leitura que a unidade de gestão do motor (ECU) faz dos diferentes sensores que tem de processar.

Se por um lado, isto é legal, por outro, deixa de o ser quando isto acontece sistematicamente ou, quando se pretende ter bons valores para ter bons resultados nos testes de homologação. Situação que implica a utilização de um software especifico para cometer essa fraude.

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