Bruxelas puxa o travão ao aço estrangeiro — e o preço dos carros pode explodir em 2025!
Nova ofensiva da Comissão Europeia pode incendiar o setor automóvel
O clima está a aquecer em Bruxelas — e o impacto pode ser sentido nas carteiras dos consumidores. A Comissão Europeia (CE) apresentou uma proposta que está a agitar o mercado: impor um limite às importações de aço isentas de tarifas, fixando-o em 18,3 milhões de toneladas por ano, e aplicar uma tarifa de 50% sobre tudo o que ultrapasse esse volume.
Oficialmente, o objetivo é proteger o setor siderúrgico europeu face à concorrência desleal e ao excesso de produção global. Mas há um problema: para a ACEA (Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis), esta decisão pode ter efeitos explosivos no preço dos carros e nos custos de produção em toda a Europa.
“Apesar de 90% do aço utilizado pelos construtores ser de origem europeia, há ligas e qualidades que só conseguimos importar”, alerta a ACEA. “Estas novas regras podem desequilibrar por completo o mercado.”
O dilema do aço: proteger a indústria ou travar a produção?
A ACEA lembra que, nos últimos anos, as quotas de importação de aço específico para o setor automóvel esgotam-se em tempo recorde, deixando os fabricantes com margens cada vez mais apertadas e forçados a pagar mais caro.
A nova exigência da CE — identificar o aço importado com a regra “melt and pour”, que só o considera europeu se for derretido e moldado dentro da União Europeia — poderá complicar ainda mais as cadeias de abastecimento e atrasar processos produtivos. Lê-se em comunicado.
Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, avisa:
“Compreendemos a necessidade de proteger a indústria do aço, mas os parâmetros propostos vão longe demais. É urgente encontrar um equilíbrio entre os produtores e os utilizadores de aço.”
O que vem a seguir?
A proposta ainda não é definitiva. Antes de entrar em vigor, terá de ser aprovada pelos Estados-Membros e pelo Parlamento Europeu.
Mas se avançar tal como está, os custos de produção automóvel podem subir de forma dramática — e, com eles, o preço dos carros novos em toda a União Europeia.
A Europa quer defender o seu aço… mas a que preço?
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