Escândalo Volkswagen e as soluções para eliminar manipulação das emissões. A marca germânica Volkswagen propõe a adopção de medidas que nada custarão aos clientes dos automóveis afectados, quem o disse foi o porta-voz da empresa alemã.
Depois de ter estourado o escândalo Volkswagen acerca das emissões, o grupo alemão Volkswagen informou estar a trabalhar no sentido de apresentar uma solução que elimine a manipulação das emissões de gases poluentes dos seus carros a gasóleo, que foram ilegalmente instalados em 11 milhões de veículos.
Foi em Wolfsburg que um porta-voz da Volkswagen, disse que a adopção das medidas nada custará aos proprietários dos automóveis afectados. Segundo o porta-voz, “Os custos são enormes mas é totalmente compreensível que não serão os clientes a assumi-los”.
O construtor germânico, prevê estar pronto a estabelecer um calendário para incorporar a solução nos 11 milhões de veículos em que se identificou como portadores do ‘software’ que manipula as emissões de gases poluentes. O Grupo WV considera que a partir da próxima semana os concessionários serão capazes de comunicar aos seus clientes quais as datas concretas para a revisão e resolução do problema.
De acordo com as informações avançadas pelo porta-voz do Grupo Volkswagen, a empresa tem estado em permanente contacto com autoridades de todos os países onde se venderam veículos manipulados, acrescentou o porta-voz.
Governo alemão exige à Volkswagen acções para recuperar credibilidade
O governo alemão exigiu ao grupo Volkswagen, trabalho especifico no sentido de recuperar a “confiança e a credibilidade” depois de ver a sua reputação completamente destruída.
Pater Altmaier, ministro da Presidência, disse numa entrevista ao diário “Tagesspiegel am Sonntag” que a Volkswagen tem de trabalhar para limpar os os danos causados à imagem da marca. Mais referiu que, “O objectivo primordial deve ser recuperar a confiança e a credibilidade. Esta situação não afectou só a própria empresa, os seus trabalhadores e os seus clientes, mas também toda a indústria alemã”.
O Grupo VW assumiu que equipou 11 milhões de veículos com um dispositivo que identifica quando o carro está a ser submetido a testes, conseguindo desta forma emitir menos gases poluentes, permitindo que estes veículos possam cumprir os limites impostos pelas autoridades de vários países.
O escândalo já levou à demissão do presidente executivo do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, que foi substituído por Matthias Müller, ex-presidente da Porsche, uma das marcas do grupo.
