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Escândalo Volkswagen. As primeiras decisões e novos processos

Escândalo Volkswagen. As primeiras decisões e novos processos. Passaram seis meses depois de ter rebentado o escândalo da manipulação das emissões de gases dos veículos do Grupo Volkswagen e vamos ficar hoje a saber, algumas das decisões que alguns tribunais e os novos processos a que a Marca Germânica foi objecto.

Por um lado, ficamos a saber que um tribunal alemão rejeitou o pedido de um cliente para devolver o automóvel, por outro, ficamos a saber que os accionistas do Grupo, continuam a fazer novos pedidos de indemnização pelos danos causados.

Num tribunal alemão, de primeira instância, rejeitou um dos muitos pedidos de devolução da viatura, feito por clientes lesados, resolvendo o problema com a sentença de reparação da viatura, isto porque a reparação implica um custo inferior a 1% do preço de compra, pelo que, “não justifica a devolução nem a anulação do contrato de venda”.

Para além das acções individuais dos seus clientes, a Volkswagen enfrenta um mega processo de 3,3 mil milhões de euros, que foi accionado por um grupo forte de 278 accionistas, tendo em conta que, a Marca levou demasiado tempo a fornecer informações sobre o escândalo das emissões nos motores a gasóleo. Quem avançou com esta informação foi, a agência de informação financeira Bloomberg.

Mas, quanto a queixas, o Volkswagen tem ainda em mãos a queixa das autoridades norte-americanas que acusam a Marca germânica de danos ao meio ambiente pela alteração de emissões de quase 600.000 veículos para evitar o controlo de emissões poluentes, “algo que Portugal deveria já ter feito e por questões de ordem política, ainda não teve coragem para o fazer”.

Quem pensava que, pelo facto de a Marca germânica estar envolvida na maior fraude da indústria automobilística mundial, iria afectar as suas vendas, enganou-se redondamente. Isto porque, o Grupo Volkswagen, não só, não perdeu vendas, bem como, as aumentou e mantém-se na liderança das vendas de automóveis ligeiros de passageiros novos na União Europeia.

Em conformidade com os dados estatísticos disponíveis, do mês de Fevereiro, o Grupo Volkswagen cresceu 8%, mas perdeu quota de mercado face ao mês homólogo (23,9% contra 25,3%) para um total de 252.629 veículos vendidos em Fevereiro, que compara com 233.812 em Fevereiro de 2014.

Como se sabe, o grupo alemão, é dono das marcas Volkswagen, Audi, Seat, Sköda, entre outras e vai ter de chamar às suas oficinas cerca de 11 milhões de carros afectados pelo escândalo das emissões fraudulentas, dos quais oito milhões na Europa, uma operação para a qual a empresa já fez uma provisão de 6,5 mil milhões de euros.

Para o novo presidente executivo da Volkswagen, Matthias Müller, a sua maior preocupação é, conseguir que a opinião pública esqueça rapidamente o escândalo em que o grupo alemão foi envolvido.

Entre outras medidas, aquela que Mathias Müller anunciou de imediato, foi o recuo do investimento mundial até 2020, que o Grupo tinha programado, potenciando dessa forma, uma poupança de mil milhões de euros por ano.
De não esquecer que o seu antecessor, tinha projectado investimentos de cerca de 86 mil milhões de euros em várias geografias do planeta. Em Portugal, os veículos afectados pela fraude cometida pelo grupo Volkswagen são 125.491, segundo o relatório preliminar apresentado pelo grupo de trabalho criado pelo anterior governo de Pedro Passos Coelho.

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