Qual o carro mais fiável? Na hora de comprar um carro, seja ele usado, semi-novo ou usado, há uma questão que o leitor coloca sempre. Qual o carro mais fiável? O Automoveis-Online teve acesso ao estudo realizado pelo Guia do Automóvel, que reuniu 65 modelos dos principais segmentos do mercado. Nesse estudo a equipa da Guia Automóvel pesquisou na base de dados da Motorpress, o registo de avarias reportadas pelos clientes de toda a Europa.
Os dados utilizados foram recolhidos em todo território Europeu e têm todo o tipo de proveniências, desde o simples cliente, chefe de serviço após-venda, serviços de desempanagem móvel, especialistas do sector automóvel, gestores de frotas, comerciantes não oficiais de peças, oficinas não oficias e centros auto. Quanto à qualidade de produção e acabamento dos carros, as fontes são as seguintes:
A empresa Francesa Mavel fornece aos construtores vários estudos de mercado com diagnósticos de concepção de veículos recentes, são totalmente desmontados e avaliadas 4500 peças por carro. A estes dados agrega-se a opinião dos pilotos da Motorpress, que testam e fazem medições técnicas a mais de 200 modelos novos por ano.
Por uma questão de síntese e organização, a equipa do Automoveis-Online vai construir um conjunto de artigos acerca deste estudo, onde vão ser apresentados os resultados por classe.
Desde os Citadinos Classe A, Utilitários Classe B, Pequenos familiares Classe C, Familiares médios Classe D, Grandes familiares Classe E, Coupés-Cabriolets, Monovolumes e os Todo Terreno mais os SUV. Hoje vamos apresentar os resultados da classe A dos Citadinos. O vencedor desta classe foi o Renault Twingo, mas com o Toyota IQ muito próximo.
1.º – Renault Twingo
O facto de alguns elementos da carroçaria não estar bem alinhados, faz com que o Twingo perca algum terreno para os seus competidores. Ao nível do design, o Renault Twingo não é tão atractivo que os seus concorrentes. Os plásticos utilizados no interior são muito rígidos, contudo, conseguem passar despercebidos num habitáculo correctamente montado.
Fiabilidade
Foi registado mau funcionamento dos auto-rádios em dias muito frios, reprogramação do calculador de motor por falhas no arranque a frio e substituição do refrigerador de óleo defeituoso nos Diesel. O sistema de bloqueio dos bancos dianteiros foi rectificado nos concessionários. Todas as avarias registaram-se em garantia.
2.º – Toyota iQ
O compacto da Toyota iQ, é demasiado pequeno no interior e não oferece um nível de acabamentos adequado à natureza da marca nipónica. As peças de carroçaria têm um alinhamento preciso e rigoroso. No interior encontram-se alguns materiais que apresentam uma boa robustez.
Fiabilidade
As unidades fabricadas em Novembro de 2009, aproximadamente 1400, tiveram de se deslocar aos concessionários para uma afinação informática do sistema de direcção assistida. As dificuldades de arranque a frio nos carros a diesel foram eliminadas, com troca dos injectores.
3.º – Fiat 500
A qualidade do Fiat 500, não ficou compremetida com a excelente estética que o modelo oferece. Na verdade, beneficiou de um real cuidado na fabricação. Se as configurações de carroçaria resultaram bem, no interior o estilo enquadra-se bem sem sacrificar a qualidade dos materiais e dos acabamentos.
Fiabilidade
Apesar de todos os cuidados que a marca Italiana teve com a produção deste modelo, não escapou a pequenos ajustes que se verificaram nos 1.3 Mjet que obrigou à substituição do cilindro da bomba do travão e de um elemento da coluna de direcção. No geral o pequeno Fiat apresenta um bom nível de fiabilidade.
4.º – Ford Ka
Utiliza a mesma linha de produção que os dois modelos da Fiat o 500 e o Panda, a Ford apresenta uma qualidade de acabamentos que fica o meio dos dois modelos Italianos. Ao nível das montagens exteriores, o Ford Ka não merece criticas. A qualidade do interior situa-se no meio dos dois modelos Italianos, sendo inferior ao 500 e superior ao Panda.
Fiabilidade
A qualidade demonstrada nesta segunda geração é muito superior à primeira. Contudo, apresentou problemas ao nível dos tambores de travão traseiros e do parafuso de fixação dos cintos de segurança, que tiveram de reapertados. Teve também de efectuar algumas modificações do cardan da coluna de direcção.
5.º – Fiat Panda
São muito evidentes as necessidades de ajustar as peças de plástico, pois poderiam ter melhor qualidade, não fosse a preocupação da marca em economizar. Mesmo assim a montagem revela alguma qualidade, pois a qualidade dos acabamentos foi substancialmente melhorada nesta geração.
Fiabilidade
Foram observadas fugas de combustível em algumas unidades a diesel. Algumas unidades tiveram necessidade de reajuste na árvore da coluna de direcção, que não se encontrava em conformidade devido a uma fixação defeituosa ao nível do cardan de direcção.