Data ainda não existe, mas o que já existe é a certeza de que os radares para o controlo de velocidade na famosa VCI no Porto e que se encontram desligados desde 2007, vão voltar ao activo.
Foi no passado sábado que foram realizados durante quase todo o dia testes nos radares de controlo de velocidade colocados na VCI. Quem denunciou foram os nada discretos coletes amarelos dos técnicos que lá se encontravam a a realizar os trabalhos de observação e respectivos testes.
A confirmação foi feita ao Jornal de Noticias por Rosário Rocio, da Estradas de Portugal, que está a ser feita “a avaliação dos equipamentos”, com a intenção de os reactivar, embora ainda não haja uma data definida: “Não temos qualquer prazo, pois não sabemos ainda o estado em que se encontram”.
Provavelmente esta quinta-feira, já seja possível saber o estado em que se encontram os radares. Contudo, foi possível perceber através da equipa de técnicos, na Zona da Prelada, que os seis anos de abandono, não causaram assim tantos danos.
Segundo os técnicos, as câmaras e os radares estão razoavelmente funcionais e admitiram que já andam há algum tempo a realizar testes.
O que se sabe é que na VCI, via de comunicação de intenso tráfego, os radares foram pensados como uma medida de controlar a velocidade e ao mesmo tempo dissuadir o condutor a esses excessos e não à caça da multa como muito falam.
No artigo que fala sobre a colocação de mais trinta radares no centro de Lisboa, nós “Automoveis-Online” opinamos de forma desfavorável, por se tratarem de vias interiores e não exteriores como é o caso da VCI e da Segunda Circular.
Estes radares avisam o condutor que está a ultrapassar os limites de velocidade permitidos e o facto de o condutor afrouxar, para evitar a pesada coima é o suficiente para que o indíce de sinistralidade baixe.
Se com os radares em pleno funcionamento em 2007, o fluxo de infracções por hora eram 36 casos, imagine quantos não serão agora que não estão em funcionamento.
No ano passado, esta via apresentou um crescimento de sinistralidade e detinha quase um quinto do total de pontos negros das estradas portuguesas (sete em 41), dá para pensar um pouco nisto.
Sendo a velocidade máxima permitida para circular na VCI os 90 km/h, a velocidade máxima registada foi de 246 km/h, num dia da semana e o autor da proeza foi um Porsche e 213 km/h para uma moto.