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Análise sobre os combustíveis Low-cost

Análise sobre os combustíveis Low-cost

O assunto já de si é controverso, isto porque, existem interesses maiores que escondem a verdade acerca dos combustíveis low-cost. Se por um lado, uns defendem que este tipo de combustíveis são prejudiciais, outros dizem precisamente o contrário.

O resultado do estudo foi revelado pelo jurista da DECO Tito Rodrigues à Rádio Renascença. Este revela que as diferenças entre os combustíveis de marca branca e os de marca, isto é, os low-cost e os regulares ou até mesmo premium, no que ao desempenho e manutenções diz respeito, as diferenças, são “residuais, mínimas” e constituem “um mito”.

Contudo, a DECO não é exclusiva nessa análise, isto porque, o ex-secretário de Estado da Energia, Nuno Ribeiro da Silva, diz que “o produto que as (bombas) low cost recebem é idêntico ao dos postos convencionais, já que (…) é essencialmente a Galp que vai fazer o abastecimento desse produto. É um produto que é fiável”.

Segundo a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), “Todos os combustíveis comercializados em território nacional têm que cumprir as especificações técnicas estabelecidas na legislação em vigor, (…) independentemente de quem os comercializa, (…) garantindo a qualidade dos produtos e a salvaguarda das viaturas”.

No entanto, o desentendimento é enorme, e o assunto está muito longe de ser consensual. Isto porque, o porta-voz Galp Energia, Pedro Marques Pereira, diga que os combustíveis de preço reduzido “cumprem todos os requisitos legais”, defende que, “há diferenças” em relação ao gasóleo e gasolina regulares e premium. As marcas ditas tradicionais desenvolvem pacotes de aditivos que permitem uma lubrificação melhor do motor, facto que, a longo prazo, protege mais os motores do que os combustíveis sem aditivos”.

No entanto, a posição defendida por Pedro Marques Pereira, não é isolada, isto porque, o vendedor de combustíveis low-cost Nuno Castela, refere que, embora a qualidade mínima do combustível esteja assegurada, “as diferenças sentem-se a nível dos consumos e da manutenção do automóvel”. Segundo o mecânico Joaquim Cabeleira, os carros a diesel são aqueles que mais sofrem, principalmente no que respeita à “duração dos motores, das bombas e dos injectores” e pensa que “os problemas não se sentem nas primeiras viagens, mas surgem “quando menos se espera”.

A justificação para a diferença de preços entre os combustíveis regulares e os low-cost, reside na redução de margem de lucro das gasolineiras, a localização das bombas de abastecimento, isto porque, podem estar em locais mais valorizados ou não, pela redução de custos com pessoal. Quem recorre ao consume de combustíveis low-cost, normalmente consegue uma redução de custo na ordem de 150 a 200€ ano, isto porque, o combustível low-cost custa em média menos 13 cêntimos.

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