O sistema foi baptizado por “Polícia Automático” e permite à polícia saber em tempo real, através da matricula do carro obter dados como o registo e cadastro de qualquer veículo. A obtenção desses dados é conseguida em plena acto de condução, isto é, em tempo real.
Na passada quarta-feira, na cidade do Porto foi realizada uma operação de fiscalização em cooperação com as forças da PSP e a Autoridade Tributária e recorreram a esta nova tecnologia.
Apesar de a nova tecnologia já se encontrar instalada em alguns carros da PSP e GNR, nunca tinha sido utilizada neste tipo de operações.
Em que é que consiste esta tecnologia?
Esta tecnologia recorre ao uso de uma câmara de captação de matrículas e envia elementos colhidos para o cruzamento de dados em tempo real. Que por sua vez, vai permitir aos agentes de segurança averiguar, em pleno acto de circulação rodoviária, o registo e cadastro de qualquer veículo que os rodeie.
Em comunicado à agência Lusa, o comissário Ricardo Matos, da Divisão de Trânsito do Comando Metropolitano da PSP/Porto disse que o principal objectivo da operação realizada no Grande Porto, e que durou 12 horas foi, «detectar viaturas que constam para apreender por motivos de dívidas fiscais, por falta de regularização de propriedade, furto e outros motivos análogos».
A qualidade do sistema detecção de matrículas é de excelência, este permite registar e consultar, num ecrã que se encontra no interior das viaturas policiais, várias matrículas por segundo, num ritmo muito superior ao praticável por seres humanos e independentemente das condições atmosféricas e de luz existentes, dada a opção de infravermelhos da câmara que detecta até carros estacionados em stands automóveis ou simples algarismos dispersos em placas rodoviárias.
Durante a operação, a agência Lusa testemunhou a identificação de duas viaturas em situação ilegal, uma por infracção ao código de estrada e a outra por possível furto e só foram necessários uns minutos.
No primeiro caso, a infracção estava relacionada com o facto de o condutor estar a conduzir um veículo que estava sinalizado com ordem de apreensão, procedendo-se à consequente perseguição, ordem de paragem e seguimento dos trâmites processuais com vista à captura.
O outro caso, relacionava-se com situações falta de seguro automóvel actualizado e furto que já estavam resolvidas, pelo que se procedeu à actualização da base de dados que os sinalizou e que abarca todo o espaço europeu Schengen.
Na operação intervieram realizada por brigadas de trânsito oriundas de todo o país. Contudo, o comissário da PSP Ricardo Matos referiu, «não seria o ideal, nem o adequado» que todas as viaturas estivessem equipadas com esta tecnologia, tendo em conta que se trata de sistema que «existe para ser utilizado não de forma sistemática, mas de forma regular, para que haja um maior controlo do Estado relativamente às viaturas que circulam nas nossas vias públicas». Acrescentando que as mais-valias desta tecnologia passam por «um policiamento mais eficaz e mais célere, que vai ao encontro das viaturas que realmente se encontram em situação irregular».
Só para que se conste, na operação do Grande Porto o “Polícia Automático” apreendeu 46 viaturas.
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