O estudo realizado pela Comissão Europeia é polémico e revela que os construtores de automóveis estão a utilizar em seu favorecimento as falhas dos testes de emissões de CO2.
Segundo a agência Reuters, o estudo está a gerar algum desconforto na discussão que sobre uma verdade que até há bem pouco tempo era desconhecida do publico em geral. A discussão incide na falta de transparência nos valores de emissões de dióxido de carbono revelados pelos construtores, uma vez que, os seus automóveis são mais poluentes e menos eficientes no consumo de combustível do que na realidade é anunciado pela indústria automóvel.
O que acontece é que as simulações realizadas nos testes dos novos automóveis não revelam o verdadeiro nível de emissões. Para conseguirem esses resultados, os construtores utilizam técnicas como usarem pneus com tracção extra ou conduzir numa estradairrealisticamente lisa podem ter contribuído para o terceiro recorde de quebra de emissões de CO2 entre 2002 e 2010, segundo a mesma investigação.
Perante os factos apresentados e que revela um prejuízo real para o bolso dos consumidores a indústria reage desvalorizando este procedimento”, revelou uma fonte anónima da União Europeia à Reuters. Segundo este estudo, as reduções dos 167 g/km de 2002 para os 140g/km em 2010, foram conseguidos graças a estas técnicas e não à melhoria das novas tecnologias aplicadas nos seus automóveis.
Contudo, a Comissão diz que serão realizados novos testes até 2016 e estes devem minimizar os efeitos das flexibilidades introduzidas na actual forma de testar a performance dos carros e com isto reduzir a diferença entre as emissões actuais e as que estão reguladas.
O estudo levado a cabo pela Comissão Europeia leva a que a organização do consumidor da UE conclua que as informações erradas, avançadas pelos construtores, representa para o bolso dos consumidores o custo de mais 135 euros por ano em combustível, com base numa média de 14 mil quilómetros por ano, num carro comprado em 2010.
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