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Combustível adulterado! Simples ou com álcool?

Combustível adulterado! Simples ou com álcool?

Combustível adulterado! Simples ou com álcool?. Em tempos de crise a procura por produtos de preço baixo aumenta e os combustíveis não fogem à regra. Mas, serão estes combustíveis seguros? Poderão estes combustíveis provocar danos no motor do meu carro? Será que o meu carro faz mais ou menos quilómetros com este tipo de combustível?

Certamente que já deve ter colocado a si próprio estas e outras questões. Vamos tentar através deste artigo esclarecer ao máximo toda a verdade acerca dos combustíveis de marca branca.

A polémica acerca deste tema surge com a entrada das marcas brancas (geridas pelos hipermercados) no mercado dos combustíveis e com a posição de desconfiança que a ANAREC (Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis) relativamente à qualidade do combustível vendido.

A ANAREC referiu que “o combustível é vendido mais barato, porque é um produto base, sem qualquer aditivo, estando tecnologicamente ultrapassado há décadas e desfasado das exigências tecnológicas dos motores fabricados hoje”.

Contudo, a verdade é que após a investigação da Autoridade da Concorrência [AdC] chegou-se à conclusão que os combustíveis comercializados pelos hipermercados são “mais simples” do que os vendidos pelos habituais players de mercado, isto é, pelas empresas petrolíferas, mas “cumprem todos os requisitos legais”. O regulador esclareceu que se deve à maior simplicidade (menos aditivos [detergentes e solventes] e não à qualidade inferior) dos combustíveis comercializados pelos hipermercados a justificar a redução dos preços em média 10 cêntimos em relação ao preço das marcas das petrolíferas.

Depois, além dos baixos custos de produção, a AdC referiu ainda despesas igualmente inferiores na distribuição, em infra-estruturas e mão-de-obra, mais baixos nos hipermercados, como justificação para a diferença dos preços praticados.

É importante perceber o seguinte: Combustível simplificado não é combustível adulterado, nada de confusões!

A primeira geração de combustíveis comercializados pelos hipermercados, não têm nada a ver com os combustíveis de segunda geração que já motivaram em Portugal o encerramento de diversos postos de abastecimento pela Direcção Geral das Alfandegas. O motivo: detecção de combustível falsificado ou adulterado através da mistura de gasolina com gasóleo, causando, comprovadamente, avarias e funcionamento deficiente nos automóveis abastecidos com esse combustível.

Entende-se por adulteração a mistura de qualquer substância diferente ou acima das especificações permitidas, resultando produto de qualidade inferior.

Exemplo: embora a água face parte da composição do álcool, em quantidades superiores ao estipulado torna-o aguado – chamado álcool molhado.

A adulteração da gasolina e do gasóleo pode ser feita de diferentes formas. Os mais comuns são a adição de álcool acima da quantidade especificada ou a colocação de vários tipos de solventes químicos industriais, como o metanol, benzeno, tolueno etc…, acima dos valores máximos permitidos.

Para tentar evitar que consuma combustível adulterado, os técnicos do sector aconselham a não se deixar levar pelo preço excessivamente baixo, dar preferência aos postos de abastecimento com bastante afluência. Procure, ainda, certificar-se, se esses tanques subterrâneos são abastecidos por camiões cisterna com marca de distribuidor.

É muito importante solicitar sempre a factura após cada abastecimento, pois em caso de avaria, pode facilmente identificar a gasolineira ou o responsável do posto de venda.

Para concluir, o combustível simplificado dos postos de venda dos hipermercados até pode ser inofensivo, mas, os combustíveis adulterados por gasolineiras fraudulentas, causam problemas graves ao funcionamento do seu veículo. Assim, é importante saber quais os postos de abastecimento que deve evitar abastecer e, caso já seja tarde, deve identificar a origem das anomalias e responsabilizar os infractores.

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